Estou no avião, indo encontra-lo. Não é fácil
visitar minha família depois que me casei. Fui morar do outro lado do país por
amor. Minha mãe não concorda com mudanças tão drásticas por alguém ou por um
relacionamento, mas acreditei em meu amor e em meu marido. E somos felizes há
três anos como éramos no começo.
Como todo relacionamento, tivemos um início
conturbado, mas nos encaixávamos tão bem que os obstáculos foram sendo
superados um a um, sem grandes impactos. Vejo minha mala e a agarro, indo em
direção à porta para encontra-lo. Ele não tem flores ou um presente nas mãos.
Não gosto. Quando viajo, quero apenas meu marido. Ele veste aquele sorriso que
só usa quando me vê, seus olhos brilham como uma criança feliz. Chego perto,
passo meus braços ao redor de seu pescoço e o beijo com ternura.
Assim que entramos no carro, ele me beija. O beijo é
forte, sedento. Uma mão percorre automaticamente minha coxa esquerda,
levantando minha saia e passando os dedos pelo canto da minha calcinha. Fico
instantaneamente molhada, ele percebe, e adora. Coloca um dedo bem fundo, solto
um gemido abafado em sua boca e ele sorri. Mexe o dedo algumas vezes e o tira,
interrompendo o beijo. Ainda sorrindo, liga o carro.
Quando o carro para na vaga do estacionamento, não
conseguimos nos conter muito bem. Mal nos beijamos e meu seio direito já está
exposto, minha calcinha está no banco traseiro e seu dedo está dentro de mim
outra vez. Ele está exposto e em minhas mãos. Nossas bocas não conseguem se
distanciar por muito tempo. Ele sai do carro e me diz para sair também. Quando
estamos na frente do carro, ele me empurra até eu sentar no capô, abre minhas
pernas e ajoelha na minha frente. Ele me beija, lambe, morde e eu gemo.
Ele sente os músculos de minhas coxas enrijecerem e
entende que estou chegando ao orgasmo, então ele entra em mim, me preenchendo e
fazendo meu corpo todo endurecer. Nos mexemos ao mesmo tempo, nossas bocas
novamente coladas. Sinto meu gosto em sua boca e o beijo com mais força, mais
vontade. Atinjo o delicioso clímax do momento e, quando minhas pernas relaxam,
ele me solta, me puxando para dentro de casa.
Vamos direto para a cama e toda aquela urgência já
está se esgotando. Os beijos ficam mais calmos, sem pressa, mas firmes. Suas
mãos passeiam pelo meu corpo, me explorando como na primeira vez, me despindo,
me reconhecendo. Tiro suas roupas e deito-o na cama. Beijo seu pescoço, seu
peito, sua virilha e o encaixo na minha boca. É a vez dele de gemer. Seus olhos
se fecham quando movo minha língua, com a boca fechada em torno dele. Sei como
ele gosta. Alguns minutos depois, me dou por satisfeita e vou beijando seu
corpo até alcançar sua boca.
O gosto dele na minha boca não o intimida. Ele não
tem problema com isso, como alguns homens. Gosta de saber que sinto prazer em
fazê-lo gemer daquela maneira. Nossos corpos se encaixam e desço meu quadril
devagar, sentindo cada milímetro seu, e arfando. Movimento meu corpo com calma,
sentindo suas reações, nossos olhares se encontrando, nossas mãos entrelaçadas.
Ele pede e movimento meu quadril com mais força,
para cima, para baixo, em movimentos circulares, sempre alternando. Não consigo
ficar calada. Os sons escapam de minha garganta, tamanho prazer que sinto. Nos
amamos muito e isso transparece em cada olhar, cada toque, mesmo os mais
eróticos. Ali, em meio ao suor, aos gemidos, ao movimento, sei que ele me ama e
ele sabe que o amo.
Juntos, atingimos o orgasmo e ficamos no mesmo
lugar, ofegantes, abraçados. Ele olha em meus olhos e diz que me ama. Sorrio,
mas ele continua sério. Diz que me ama de uma maneira que nunca imaginou amar,
e ama nossa conexão e nossa intimidade com a mesma intensidade. E sei que fiz a
escolha certa. Deixei meu mundo por ele, para construirmos um mundo nosso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário