segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Como ele me conhece...

Estou no avião, indo encontra-lo. Não é fácil visitar minha família depois que me casei. Fui morar do outro lado do país por amor. Minha mãe não concorda com mudanças tão drásticas por alguém ou por um relacionamento, mas acreditei em meu amor e em meu marido. E somos felizes há três anos como éramos no começo.
Como todo relacionamento, tivemos um início conturbado, mas nos encaixávamos tão bem que os obstáculos foram sendo superados um a um, sem grandes impactos. Vejo minha mala e a agarro, indo em direção à porta para encontra-lo. Ele não tem flores ou um presente nas mãos. Não gosto. Quando viajo, quero apenas meu marido. Ele veste aquele sorriso que só usa quando me vê, seus olhos brilham como uma criança feliz. Chego perto, passo meus braços ao redor de seu pescoço e o beijo com ternura.

Assim que entramos no carro, ele me beija. O beijo é forte, sedento. Uma mão percorre automaticamente minha coxa esquerda, levantando minha saia e passando os dedos pelo canto da minha calcinha. Fico instantaneamente molhada, ele percebe, e adora. Coloca um dedo bem fundo, solto um gemido abafado em sua boca e ele sorri. Mexe o dedo algumas vezes e o tira, interrompendo o beijo. Ainda sorrindo, liga o carro.
Quando o carro para na vaga do estacionamento, não conseguimos nos conter muito bem. Mal nos beijamos e meu seio direito já está exposto, minha calcinha está no banco traseiro e seu dedo está dentro de mim outra vez. Ele está exposto e em minhas mãos. Nossas bocas não conseguem se distanciar por muito tempo. Ele sai do carro e me diz para sair também. Quando estamos na frente do carro, ele me empurra até eu sentar no capô, abre minhas pernas e ajoelha na minha frente. Ele me beija, lambe, morde e eu gemo.
Ele sente os músculos de minhas coxas enrijecerem e entende que estou chegando ao orgasmo, então ele entra em mim, me preenchendo e fazendo meu corpo todo endurecer. Nos mexemos ao mesmo tempo, nossas bocas novamente coladas. Sinto meu gosto em sua boca e o beijo com mais força, mais vontade. Atinjo o delicioso clímax do momento e, quando minhas pernas relaxam, ele me solta, me puxando para dentro de casa.
Vamos direto para a cama e toda aquela urgência já está se esgotando. Os beijos ficam mais calmos, sem pressa, mas firmes. Suas mãos passeiam pelo meu corpo, me explorando como na primeira vez, me despindo, me reconhecendo. Tiro suas roupas e deito-o na cama. Beijo seu pescoço, seu peito, sua virilha e o encaixo na minha boca. É a vez dele de gemer. Seus olhos se fecham quando movo minha língua, com a boca fechada em torno dele. Sei como ele gosta. Alguns minutos depois, me dou por satisfeita e vou beijando seu corpo até alcançar sua boca.
O gosto dele na minha boca não o intimida. Ele não tem problema com isso, como alguns homens. Gosta de saber que sinto prazer em fazê-lo gemer daquela maneira. Nossos corpos se encaixam e desço meu quadril devagar, sentindo cada milímetro seu, e arfando. Movimento meu corpo com calma, sentindo suas reações, nossos olhares se encontrando, nossas mãos entrelaçadas.
Ele pede e movimento meu quadril com mais força, para cima, para baixo, em movimentos circulares, sempre alternando. Não consigo ficar calada. Os sons escapam de minha garganta, tamanho prazer que sinto. Nos amamos muito e isso transparece em cada olhar, cada toque, mesmo os mais eróticos. Ali, em meio ao suor, aos gemidos, ao movimento, sei que ele me ama e ele sabe que o amo.

Juntos, atingimos o orgasmo e ficamos no mesmo lugar, ofegantes, abraçados. Ele olha em meus olhos e diz que me ama. Sorrio, mas ele continua sério. Diz que me ama de uma maneira que nunca imaginou amar, e ama nossa conexão e nossa intimidade com a mesma intensidade. E sei que fiz a escolha certa. Deixei meu mundo por ele, para construirmos um mundo nosso. 

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