sexta-feira, 19 de julho de 2013

Hoje, o jantar é por minha conta.

 Mandei uma mensagem de texto à tarde, dizendo que o jantar seria na minha casa, às nove horas da noite. Ele perguntou qual seria o prato principal. Era surpresa. Preparar o jantar foi muito fácil. Fiz uma sobremesa que ele adora: mousse de chocolate, com mousse de maracujá por cima. 



Tomei um banho quente e demorado, perfume em lugares estratégicos e coloquei a lingerie nova. Faltavam poucos minutos para sua chegada. Abri o vinho, servi uma taça e o saboreei enquanto esperava, olhando a porta da frente.

Quando ele entrou, pareceu não acreditar no que via. Eu estava sentada em cima da mesa da sala, olhando em seus olhos, boca e lingerie vermelhas, os olhos verdes brilhantes e lascivos, o cabelo escuro solto até a cintura, a taça na mão. Deixei um pouco de vinho escorrer dos lábios até meu queixo. Ele fechou a porta e eu anunciei que o jantar estava pronto. “Hoje, o prato principal sou eu. Com vinho.”

Ele molhou os lábios, respirou fundo e tirou o paletó. Aproximou-se lenta e deliciosamente. Continuei tomando o saboroso vinho, mas deixei que escorresse mais um pouco. Dessa vez, passou do queixo e fez uma linha até meus seios. Ele seguiu a linha com o olhar. Segundos depois, emaranhou os dedos em meus cabelos e cobriu minha boca com a dele, invadindo minha boca com sua língua, então largando com a mesma pressa para seguir com os lábios a linha feita pelo vinho.

Tirando minha lingerie sem delicadeza alguma, despejou o resto do vinho da taça entre meus seios e deixou que escorresse. Ele tirou a camisa, olhos fixos nos meus, respiração pesada. Era possível ver seu desejo. Nua, com vinho pelo corpo, adorei aquele brilho quente em seu olhar. Ele começou a beijar meu corpo, limpando o vinho, passando as mãos onde encontrava pele seca. Quando me beijou, sua boca tinha um gosto misturado, era seu gosto com um toque de vinho. Delicioso.

Sentando-me na beirada da mesa, ele me invadiu e apertou minha boca na dele. Sem parar de me beijar, mordiscava meus lábios, apertava os seios e continuava com o movimento dos quadris. Ainda encaixado, passou os braços por baixo de mim e me levantou, apoiando-me à parede.

Ali, eu era só dele. Eu era o prato principal. E ele estava consumindo-me com maestria, usando a conhecida intimidade, com força e prazer. Com as pernas enlaçadas à sua cintura, apoiando-me em seus ombros, bocas coladas, eu estremecia de desejo. Um gemido e outro escapavam entre beijos. Éramos misturados. O cheiro na sala era de perfume, volúpia, vinho e suor.

Quando, enfim, o prazer nos invadiu intensamente, apertamos nossos corpos e relaxamos. Juntos, sentamos novamente na mesa. Ele serviu mais vinho e fui buscar a sobremesa. Ele adorou, é claro. Ele adora quando faço aquele mousse. Mas ele teve outra ideia. Serviu a sobremesa junto ao vinho. E serviu tudo em mim.

6 comentários:

  1. Me fez querer muito um jantar assim.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A intenção é provocar sensações diferentes. Pode tentar experimentar, também. hehe

      Excluir
  2. Adoro a intensidade com que descreve os encontros. É o meu estilo de tocar a mulher. Gosto dessa intensidade, dessa entrega, dessa paixão.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Os encontros? Já leu outros textos? hehehe
      E o que eu acho legal é tentar (e conseguir, talvez) passar essa paixão, que é o que move as pessoas. hehe

      Excluir